domingo, 11 de março de 2012

Um dia triste

Bem, é verdade, as coisas mudam e devem mesmo mudar. Às vezes tão depressa que nem se percebe, às vezes tão lentas que perdem a graça, mas as vezes tão avassaladoras que bagunçam o coração. Eu, pra falar francamente, sou avessa a mudanças, principalmente mudanças assim que desestruturam as emoções. Eu gosto da rotina, das caras, dos defeitos... Gosto da chatice diária que algumas pessoas possuem; que eu possuo. Não gosto do adeus, mesmo que camuflado. Pois se sabe que, quase sempre, quem vai jamais volta... Quando volta, dá lugar a outro.
As perdas sempre deixam um vazio, um espaço incompleto. Pelo menos em mim, deixam uma tristeza indefinível. E talvez, o mais difícil seja conviver com a ausência, conviver com os planos que ficaram pela metade. Às vezes chego a pensar que somos escravos dos próprios sentimentos, não só de um amor carnal, mas também do fraternal... Afinal, amigos são indispensáveis! E quando vão, deixam a dúvida de como seguir. Não é drama, nem exagero, é verdade. É doído, mas suportável.
São memórias tatuadas, memórias escritas por autores que protagonizaram cada momento, cada emoção. Como se fizessem parte de um CD com as músicas favoritas do seu ouvinte, aquele CD que só a gente faz. Amigos, amores, pessoas que reviram nossa vida, nossa história, do avesso... Pessoas que conseguem arrancar de nós uma mistura de absurdos, mas também de calmaria, tranqüilidade. Aquelas que nos fazem questionar quem somos, e que nos dão a certeza de quem nos tornamos. A essas pessoas deixo meus aplausos e gratificações.

domingo, 28 de agosto de 2011

Às vezes eu queria poder voltar pra casa, e encontrar as mesmas coisas de sempre... Os mesmos problemas. Por quê? Porque com esses eu sei lidar, eu já sei como resolver. É bem mais difícil sair da zona de conforto pra encarar a vida real sozinho, e não poder chorar a angústia só pra não parecer um fraco.


Eu sinto tanto. Nem quero lembrar que tá complicado por aqui, e se eu pudesse iria fugir por que dar satisfações é muito desgastante, e me fazer falar tudo o que pretendo fazer é estressante também.


Eu preciso chorar, eu preciso sair... Eu preciso disso de verdade. Eu quero ir, mas sem ressentimentos, quero que tudo fique na boa. Por que eu quero a minha casa, quero de volta a minha vida que ficou naquele lugar... Bem escondida pra que ninguém pudesse ver o quanto eu fui feliz ali.



EI, EU NÃO APRENDI, EU NÃO CONSEGUI MUDAR... EU NÃO PUDE CRESCER! EU ESTUDEI, TRABALHEI, FUI TÃO BOA QUE ME SURPREENDI, MAS O QUE ACONTECEU NÃO FORAM UMA BOA RECEPÇÃO E PARABÉNS PELO ESFORÇO... FORAM INCANSÁVEIS COBRANÇAS RIDÍCULAS DE QUEM NEM SABE O QUANTO EU SOFRI.


EU BEBI, BEBI TANTO, MAS NÃO ESQUECI... POR QUE LEMBREI DO ÚNICO COLO QUE POSSO CHORAR EM PAZ, SEM CRÍTICAS, SEM PEDRAS. Ô MINHA GENTE, CANSEI! QUERO DE VOLTA O QUE É MEU: MINHA CASA, MINHA FAMÍLIA, MINHA VIDA! EU ADORMECI AS LEMBRANÇAS, MAS NÃO AS DESCARTEI. QUERO SÓ DORMIR EM SEGURANÇA, COM A CERTEZA QUE NADA VAI FUGIR OU DESAPARECER.



domingo, 21 de agosto de 2011

Todo mundo já ouviu pelo menos uma vez a expressão: “Temos que confrontar nossos demônios todo santo dia” interessante é o jogo de palavras que se faz: demônios e santo na mesma frase e jogando no mesmo time. Mas é só pra dizer que temos q contornar nossos “defeitos”, na verdade desejos diariamente, que é pra parecer agradável diante das “CÂMERAS”. Aí eu pergunto: Confrontar pra quê? Que mania a sociedade tem em querer nos transformar em pseudo-moralistas, não nos basta tanta injustiça estampada nas calçadas?


É uma besteira atrás da outra, filosofias totalmente vãs... Que no final das contas acorrentam o ser humano em teorias hipócritas. Nem tudo que enche, sacia... É uma fome de anos que persegue cada geração... Eu mesma, desde que ‘nasci’ sei da miséria que existe perto de nós, e sei que não deveria conhecer, aliás, nenhum de nós deveria. Mas "é mais fácil viver nossos sonhos que lutar pelos sonhos dos outros".. e a resposta para a charada que todos dizem saber é o famoso egocentrismo.Comportamentos inumanhos geram resultados subhumanos...


HÁ COISAS QUE EXIGEM CERTO CONHECIMENTO. AMAR É UMA DELAS, ERRAR E RECONHECER, TAMBÉM.


AMAR É COMPLICADO, ÀS VEZES É UMA QUESTÃO DE SOBRIVEVÊNCIA! MAS OUÇA, NÃO DIGO DEPENDER DE UM AMOR PARA VIVER OU MESMO SOBREVIVER. FALO DA LIBERDADE, DA FELICIDADE. FELICIDADE QUE A GENTE SENTE QUANDO AMA. E QUANDO O AMOR CHEGA AO FIM, NEM É PRECISO IR TÃO LONGE PRA RECONHECER QUE AQUELA ÉPOCA FOI FELIZ. TER CONHECIMENTO DO AMOR É SABER DESPRENDER-SE QUANDO É A HORA. SABER O MOMENTO CERTO, TAMBÉM DEMANDA SABEDORIA. MAS DIFÍCIL É PERCEBER QUANDO ESSE DIA CHEGOU. FECHAR UM CICLO, UMA HISTÓRIA, UMA “VIDA” EXIGE CORAGEM, VONTADE DE RECOMEÇAR POR QUE AQUELE AMOR SE DESGASTOU.


ERRAR?? TODOS NÓS ERRAMOS. ERRAMOS SÓS, ACOMPANHADOS, AMANDO OU ODIANDO. É CLICHÊ, MAS É REAL. ERRAMOS COM AS PESSOAS MAIS IMPORTANTES, EU MESMA ERRO AO NÃO SABER DIZER ADEUS. NÃO SABER QUE TUDO TEM SEU TEMPO E QUE CADA UM TEM E FAZ SUA HISTÓRIA. QUERER CONTROLAR OS FATOS É COMPULSIVO E DESTRUTIVO. E RECONHECER QUE ESTAMOS ERRADOS É TÃO DIFÍCIL QUANTO DEIXAR A PESSOA AMADA PARTIR. MAS FAZ PARTE DA NECESSIDADE! O QUE SEI É QUE CONHECIMENTO E SABEDORIA ATINGEM TODAS AS CLASSES, PORÉM, NÃO TODAS AS CABEÇAS.




É incrível... Toda vez que eu olho pro passado percebo que tudo mudou e que nada é como antes. Eu mudei, pessoas, que mesmo hoje eu ainda gosto, mudaram... O passado nunca é como o presente, e parece que ontem foi sempre melhor do que hoje. Quando eu penso no meu passado, vejo muitas coisas boas que me dão saudade, principalmente pessoas... Sinto como se faltasse alguma coisa em mim que ficou presa lá atrás ou que alguém levou quando partiu. Ainda é estranho ver quem eu gosto seguir sem mim, ver que todo mundo, sem exceção, tem seu destino, sua história e que milhares de pessoas passam quase todos os dias por nossas vidas, mas que somente poucas continuam conosco. Talvez seja medo de ser “descartada”. Parece que 100% do que sou é de lugares que fui, pessoas que gostei/gosto, coisas que fiz com conhecidos e desconhecidos, palavras que falei com sentimento ou mesmo só pra agradar... Músicas que eu dediquei a alguém, mas não as que me dedicaram, pensamentos loucos que pus em prática sem medir conseqüências e hoje admito. É difícil saber por completo quem se é, por que ainda estamos a nos conhecer dia após dia, mas sabemos quem fomos pelo o que já aconteceu... Só não sabemos quem seremos por aquilo que está por vir.


domingo, 1 de maio de 2011

CHICO BUARQUE - DA GENI. MARIA BETHANIA - DA MARICOTINHA.
MARIA RITA, GADÚ. ELIS REGINA - COMO O MEU E SEUS PAIS, ISTO É, COMO NOSSOS PAIS. JOÃO DE BARRO - LEANDRO LÉO. RODO COTIDIANO - O RAPPA. ANA CAROLINA DO "AQUI" E DO AGORA.

O que eu gosto, é o que eu sou?
Eu não digo, mas eu descordo. Eu só penso. Mas eu também falo, eu ouço, eu escuto.
Eu reforço, me prendo, me desconcerto. Me pressiono, me desconheço! OUÇA, me des-co-nhe-ço!
Todo dia me arrependo - de um passado distante miserável, de um presente que me suga.
Não tem sentido, não tem mesmo. Não é comum.
São coisas estranhas. Ideias jogadas no vento. Meu luto, meu nascimento. Meu relevo permanente.
Seu eu não soubesse, diria. Diria tudo de cabeça pra baixo, de joelhos levantados com os pés torcidos!
PORQUE SÃO DORES AO AVESSO.